Supõe-se que os primeiros calçados de salto eram usados por açougueiros egípcios para não sujarem seus pés no sangue durante o trabalho. Um início de história nada glamouroso para esse emblema da sensualidade.
A história progride com a primeira Carrie Bradshaw da história dos calçados: Catherine de Médicis. Em 1533, ela casou-se com Henri II da França, de altura muito inferior a sua. Ela pediu que fabricassem então calçados sob medida com um grande salto. A ideia tornou-se moda por alguns séculos.
Por volta de 1660, Louis XIV assumiu a moda: ele tinha uma coleção de calçados que dariam inveja a Anna Dello Russo. Era o sapateiro Nicholas Lestage que os fabricava sob medida e com o salto vermelho, como faziam na Inglaterra. Toda a corte o imitou, usando saltos tão altos que os cortesões
tinham necessidade de cetros para se locomover.
A chegada da revolução colocou todos em igualdade por um tempo, já que os saltos estavam associados à nobreza, inimiga número um. Eles reapareceram no final do século XIX sob o sígno da luxúria. As religiosa de Paris e dos Estados Unidos afirmavam com os saltos uma imagem subversiva. Felizmente, o início do século XX levou o salto direto aos domínios da moda. Eles eram no início dos anos 20 ainda tímidos, raramente ultrapassando os 6cm. Na segunda guerra mundial estiveram ameaçados em decorrência da escassez do couro e foram substituidos por saltos de madeira.
Uma nova revolução aconteceu em 1952: o salto agulha apareceu e criou uma revolução elevando a silhueta feminina a níveis até então desconhecidos. Com todas as evouluções e tecnologias atuais e técnicas inspiradas pela aeronáutica, os estilistas se permitem todo tipo de audácia e ousadia. Técnica e criatividade são atualmente a dupla imbatível para a criação dos sapatos de salto, algo que pode ser constatado nos desfiles dos grandes criadores.
Fonte : http://www.puretrend.com.br/secao/fresquinhas_r11/conheca-a-historia-dos-saltos-altos-e-como-comecou-esta-mania_a1688/1
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