domingo, 20 de janeiro de 2013

O problema com o compromisso !!!



Eis o problema: muitos homens têm um medo exagerado do

compromisso. Se você é uma mulher atuante, há grandes chances

de que venha a se envolver com pelo menos um homem, possivelmente

mais de um, que prefere fugir do amor. Pode ser o homem

que não telefona após um primeiro encontro particularmente

bom; o homem ardente que some depois da primeira noite de

sexo; o namorado firme em quem você confia e que sabota a relação

justamente quando esta se encaminha para o casamento; ou o

homem que depois do casamento se torna indiferente, infiel ou

violento. Em qualquer um desses casos, é bem provável que você

esteja lidando com um homem que reage de maneira anormal à

ideia de compromisso. Para ele, você é sinônimo de esposa, mãe,

de ficarem juntos........

...... para sempre, o que o deixa aterrorizado. É por
isso que ele a abandona. Você não consegue entender, mas, se

servir de consolo, considere que ele provavelmente também não

compreende as próprias reações. Só sabe que um relacionamento

mais sério lhe causa grande desconforto e ansiedade.

O pior é que esse homem está em busca do amor, e é por isso

que ele a conquista. A insistência dele e as comoventes demonstrações

de vulnerabilidade a convencem de que é seguro entregar-

-se. Mas como o medo do compromisso é excessivo, ele acaba sabotando,

destruindo ou fugindo de qualquer relação boa e sólida. Em

outras palavras, se o medo dele for muito intenso, o homem com

fobia a compromisso não conseguirá amar, por mais que queira.

E você fica para trás com sonhos desfeitos e a auto-estima destruída.

O que aconteceu? O que deu errado? E por que isso se

passa com tantas mulheres?

“Um dia ele disse que éramos perfeitos juntos.

No dia seguinte não apareceu. Por quê?”


Jamie tinha acabado de completar 28 anos quando conheceu

Michael. Apesar de não ter namorado, ela estava bastante satisfeita.

Tinha começado a trabalhar em um novo emprego, como

assistente administrativa de uma companhia de balé, morava num

belo apartamento alugado e tinha dinheiro extra suficiente para

se divertir. Quando foi apresentada a Michael numa festa, ele disse:

“Acho que vamos nos dar muito bem.”

Jamie não gostou do jeito direto dele e o evitou pelo resto da

noite, mas ao chegar em casa ouviu sua voz na secretária eletrônica

perguntando se estava livre para tomar o café da manhã com

ele no dia seguinte. Apesar de Michael ser um homem atraente,

Jamie ignorou o convite por achá-lo arrogante demais.

No dia seguinte, quando o telefone tocou, Jamie atendeu. Era ele.

“Que tal jantarmos hoje?” Ela respondeu que não podia. E então,

receando estar sendo indelicada, começou a bater papo com ele.

Acabaram conversando por 15 minutos. Ela não se lembra do que

falaram, e sim que foi divertido e ela ficou sabendo que ele era

redator de publicidade e que ganhava muito bem.

“Pensei muito durante a semana, me perguntando se não tinha

cometido um erro deixando de sair com ele, pois, afinal, eu não

vivia rodeada de homens bonitos implorando para me levar para

jantar – eu não saía com ninguém havia seis meses. Cheguei à

conclusão de que eu estava sendo muito exigente. No sábado,

fiquei em casa assistindo à TV e senti pena de mim mesma”,

conta Jamie.

Como muitas mulheres, Jamie temia estar jogando fora sua

última chance no amor. Por isso, quando Michael telefonou na

quarta-feira seguinte, ela aceitou o convite e eles saíram para jantar.

Ele a surpreendeu, expondo sua vida e mostrando-se curioso

a respeito dela. A sensibilidade dele era tocante. Contou que sua

última namorada estava mais interessada na carreira do que nele.

Para ter um relacionamento sério, disse Michael, ele queria uma

mulher como Jamie, que sabia estabelecer prioridades. Ela ficou

satisfeita com o elogio, mas se perguntou como ele podia saber

quais eram as prioridades dela. Michael disse que chegara a hora

de ter um cachorro, um carro em que coubesse toda a família e

uma esposa – “não necessariamente nessa ordem”.

“Ao se despedir, Michael me convidou para ir à praia no

domingo. Ele foi gentil o dia inteiro. Cercou-me de cuidados e

me levou para almoçar em um pequeno restaurante à beira-mar.

Foi tão atencioso que cheguei a ficar sem graça. Brincava com o

meu cabelo, beijava meu pescoço e com isso me senti completamente

irresistível”, lembra.

Quando ele a deixou em casa, pediu para passar a noite com ela,

mas Jamie não concordou. Ela ainda não acreditava que ele estivesse

tão interessado quanto dizia. Achava que não fazia o tipo dele.

Michael teve de se ausentar da cidade naquela semana, porém

telefonou todos os dias e conversaram por horas. Na sexta, dormiu

na casa de Jamie e lá permaneceu até o domingo de manhã.

“Comecei a me interessar pelo Michael porque ele parecia

estar seriamente interessado em mim. Gostei do grau de intimidade

que estabelecemos, pois me deixou segura e confiante.

Acho que foi disso que mais senti falta quando tudo terminou.

Não fiquei tão arrebatada pelo sexo como Michael parecia estar,

mas nunca demonstrei isso, até porque ele vivia repetindo: ‘Você

é perfeita. Não consigo deixar de pensar em como somos perfeitos

juntos.’ Além disso, eu estava me apaixonando e imaginei
que quando meu corpo e minhas emoções entrassem em sintonia

tudo se encaixaria. Acho que ele me contou tudo sobre sua vida.

Quando o relacionamento acabou, eu sabia mais e me lembrava

de mais coisas sobre a vida dele do que ele próprio. Depois que

Michael foi embora naquele domingo à noite, pensei que seria o

começo de algo sério.

Em vez de ligar todas as noites como tinha feito na semana

anterior, ele telefonou todos os dias para o meu trabalho. Uma

mudança sutil à qual não prestei muita atenção. Disse que não

poderia me ver durante a semana – tinha negócios a tratar, compromissos

e um milhão de coisas a fazer –, mas quando apareceu

na sexta-feira, nos jogamos na cama, comemos comida chinesa e

falamos bobagens. No sábado à noite, enquanto assistíamos a um

filme na televisão, Michael me olhou e disse, sério: ‘Estou me

apaixonando por você.’ Quando fomos dormir, ele declarou: ‘Eu

amo você’, dissipando as reservas que eu ainda tinha. Naquele

momento eu me senti uma felizarda por ser tão amada e desejei

intensamente construir minha vida com ele e fazê-lo feliz. Acho

que fui ingênua, mas para mim amor combina com casamento.

Eu fazia planos para o futuro, sem imaginar que o relacionamento

já estava indo ladeira abaixo.

Então, no domingo de manhã, ele se levantou e disse que precisava

ir embora porque as pessoas com quem dividia o apartamento

iam receber visitas e ele tinha de estar lá. Não entendi por

que não me convidou, mas não queria ser exigente nem chata, pois

desejava um relacionamento baseado em respeito e confiança

mútuos. Mas, para dizer a verdade, me senti mal com aquilo. É

impressionante. Namoramos durante cinco meses e eu nunca

conheci as pessoas que moravam com ele.”

A partir daí, Michael estabeleceu um padrão que continuaria

pelos meses seguintes. Todos os dias telefonava para Jamie do

trabalho e combinava encontros no fim de semana. Quando
chegava sexta-feira à noite, os dois passavam praticamente o

tempo todo em casa, fazendo amor. Às vezes saíam para jantar ou

iam ao cinema, mas a maior parte do tempo ficavam em casa.

“Michael vivia dizendo que estava exausto por causa do trabalho

e que eu era o refúgio dele – a única pessoa com quem ele

queria estar”, conta Jamie. “Além disso, o sexo era sensacional.

Eu confiava na intimidade do sexo e na amizade. Ele repetia que

eu o fazia muito feliz. Eu era perfeita. Nós éramos perfeitos e

íntimos.”

Durante aquele período, Jamie só conheceu alguns dos amigos

de Michael, com quem saiu rapidamente para um drinque.

Em uma sexta-feira, a mãe dele, que morava em Connecticut, foi

a Nova York e Michael saiu para jantar com ela. Jamie achou que

devia ter sido convidada, mas ele disse que seus pais eram complicados

e que precisava prepará-los. Logo veio o feriado de Ação

de Graças e Jamie ficou na expectativa de que ele a convidasse

para o tradicional jantar com os pais, mas ele acabou indo sozinho

e disse que ligaria ao retornar, numa segunda-feira.

Michael só telefonou na quarta-feira, quando convidou Jamie

para tomar um café com ele. Ele foi até o apartamento dela, não

contou nada sobre o feriado e os dois acabaram na cama. Michael

disse que precisava voltar para dormir em casa porque não tinha

outra muda de roupa. Na porta, falou: “Eu amo você.” Na sexta-

-feira Michael não ligou para combinar os planos do fim de

semana, como sempre fazia. E Jamie começou a perceber que o

namoro tinha chegado ao fim. “Mas não conseguia aceitar isso,

porque, afinal, tínhamos ido para a cama na quarta-feira. Sei que

isso vai parecer idiota, mas achei que podia ter sofrido um acidente

ou algo assim. Por volta das 22h, não aguentei e deixei uma

mensagem em sua secretária eletrônica. Ele só retornou a ligação

no sábado. Disse que sabia que devia ter me procurado, mas estivera

muito ocupado e, agora, precisava voltar a Connecticut por-
que seus pais o haviam obrigado a ir a uma festa. Precisei me

conter para não me convidar para ir junto.” No domingo, Michael

foi à casa de Jamie e os dois fizeram amor. Ela acabou encontrando

no bolso do casaco dele um ingresso de um teatro em

Nova York, com a data da noite anterior. Foi assim que descobriu

que Michael tinha mentido para ela.

A partir desse dia, Michael estabeleceu um novo padrão deixando

de ligar diariamente.

“Sempre que ele ia à minha casa, eu me esforçava ao máximo

para preparar comidas deliciosas e estar bonita. Não sabia mais

o que fazer para que tudo voltasse a ser como antes. O Natal

estava chegando e pressionei Michael para saber se ficaríamos

juntos. Ele não me prometeu nada. Disse que não sabia exatamente

o que queria e que precisava de um tempo para pensar nas

‘coisas’. Perguntei se ele estava saindo com alguém. Ele negou,

mas não acreditei.”

Finalmente, na semana anterior ao Natal, quando os dois se

encontraram por insistência de Jamie, Michael disse que para ele

era “estranho lidar com pessoas do meio artístico” e que precisava

se afastar um pouco da intensidade dela.

Ao receber um telefonema de Michael para lhe desejar feliz

Natal, Jamie se descontrolou e gritou com ele. Michael disse que

não conseguiria falar com ela naquele estado e Jamie se sentiu

culpada. “Mesmo sabendo que eu estava com a razão, achei que

não tinha sido suficientemente compreensiva e que, de fato,

estava sendo intensa demais, o que lhe daria motivo para me

rejeitar. Queria ligar de novo, mas fiquei com medo de que ele

desligasse na minha cara. Foi isso. O namoro chegou ao fim.”

Jamie me contou que sofreu muito com esse relacionamento.

Ficou num estado obsessivo, com os pensamentos em torvelinho.

Não conseguia aceitar o fato de que “seu” Michael, aquele que

tinha declarado tanto amor por ela, pudesse tê-la tratado daquela
maneira. Então culpou os amigos dele, a infância e o relacionamento

dele com os pais. Mas, sobretudo, ela
 
se culpou. Se sabia

que Michael tinha dificuldade para confiar nas pessoas, não devia



tarde demais. A cabeça de Jamie era um tumulto de emoções.

Talvez ele nunca tivesse gostado dela. Talvez ela não o atraísse.

Ou talvez ele só quisesse transar com ela. Nada fazia sentido para

Jamie, e ela se sentia arrasada. Onde será que ela errara? Seria

possível corrigir o erro para tê-lo de volta? Mas era isso que ela

desejava?..............

Fonte : http://www.esextante.com.br/publique/media/PqMedoDeCompromisso%20Cap1.pdf

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